Curto introdutório

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diplotropis ferruginea, Fabaceae

Diplotropis ferruginea Benth.

Localização do registro: Quadrilátero Ferrífero, MG

Características básicas:
Casca sem cheiro ou exudação, com desprendimento do ritidoma em placas lenhosas grandes, escuras, acinzentadas a ferrugíneo-acastanhadas (são mais claras e com desprendimento menos copioso se a planta estiver fora da mata); em árvores com circunferência de até 30 cm, verificou-se que a casca é de fácil retirada com a faca. Cortiça presente, porém pouco aparente (pouco suberosa); floema amarelado, com pontuaçoes fibrosas presentes variando do amarelo claro para o escuro.
Folhas patentes, de até 25 cm, pecíolo de até 2,9 cm, geralmente com estípulas foliáceas nos ramos superiores cobrindo uma gema desenvolvida (detalhes circulares). Raque e pedicelos (assim como os ramos da planta) arredondados, tomentoso-ferrugíneos (seta central). Folíolos imparipinados, geralmente 11, alternos a subopostos, sem estipela; oblongos (ovais quando novos), discolores, esparsamente ferrugíneo-vilosos, com indumento mais abundante na face abaxial (seta à direita); ápice obtuso a cuneado, base oblíqua-arredondada.
Flores não vistas
Fruto não visto
Local de coleta: Barão de Cocais
Coordenadas: 659426 L, 7800102 S; UTM, 23K
Bioma: Mata Atlântica
Fisionomia: Floresta Estacional Semidecidual
Distribuição por estado brasileiro:
OBS: Encontrada também matas próximas ao Pico de Itabirito, Antônio Dias, São Gonçalo do Rio Abaixo, Itambé do Mato Dentro, Guanhães; coletada também em Grão Mogol/ Fruta de Leite/ Padre Carvalho (interseção entre os municípios), na vertente leste dos topos na forma de platôs repletos de eucaliptais desta parte da Cadeia do Espinhaço - norte de MG.
Ocorre no Quadrilátero em quase todas as regiões de Mata Atlântica, tanto em bordas da mata quanto em seu interior; pode ser encontrada como relictual em pastagens.
Segundo João Renato Stehmann e outros (2009) é espécie endêmica da Mata Atlântica e ocorre na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual. De acordo com Haroldo Cavalcante de Lima (1985), ocorre em Minas Gerais e Bahia. Outros autores citam-na ocorrendo até o Rio Grande do Norte.
É conhecida pelo nome de sucupira preta; tem valor na medicina tradicional para o tratamento de reumatismo, artrite e diabetes. Segundo Xirley Pereira Nunes (2002) e Almeida (2003) foram identificadas na casca as substâncias triterpeno lupeol e flavonóides, entre estes, diplotropina e diploflavona com atividade antioxidante.

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