Curto introdutório

domingo, 31 de julho de 2011

Vochysia thyrsoidea, Vochysiaceae


Vochysia thyrsoidea Pohl

Localização do registro: Quadrilátero Ferrífero, MG
Características básicas:
Casca acinzentada, fissurada, com sulcos profundos e cristas sinuosas e descontínuas, com pouco desprendimento de ritidoma. Floema pardacento com textura silicosa provavelmente devido ao acúmulo de oxalato de cálcio (detalhe quadrangular).
Folhas 4-verticiladas (detalhe circular), oblongas, coriáceas, glabras, revolutas e eretas, com pecíolo ereto e espesso de até 1,5 cm de comprimento; as folhas podem chegar a 16 cm; têm margem lisa, ápice emarginado e base cuneada a arredondada; nervura primária proeminente na face abaxial e impressa na face adaxial, com nervuras secundárias inconspícuas, retas e craspedódromas; nervura marginal ausente.
Flores não vistas
Fruto capsula de até 4 cm
Local de coleta: Itabirito, MG.
Coordenadas: 613242,62 L, 7753794,24 S; UTM, 23K
Bioma: Mata Atlântica.
Fisionomia: Transicional entre Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado/Cerrado Rupestre
Distribuição por estado brasileiro:
OBS:
Na Cadeia do Espinhaço tem expressão em maiores altitudes, ocorrendo frequentemente associada ao Campo Rupestre ou Cerrado Rupestre, sendo indicadora da transição entre o cerrado típico ou a floresta e estas fisionomias ocorrentes nas partes mais altas do relevo.
Silva (2007) considerou-a característica de áreas de cerrado.
De acordo com João Renato Stehmann e outros (2009) é espécie que ocorre de Mata Atlântica, ocorrendo na Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual e formações campestres.
Foi por nós encontrada até no litoral, às margens da Baía de Todos os Santos, município de Maragogipe, BA.
É bastante parecida com sua congenérica, V. tucanorum, da qual difere por apresentar pecíolos de maior porte, principalmente na espessura e com folhas revolutas e mais coriáceas, principais responsáveis por sua copa de aspecto eriçado, hirsuto. Passos & França (2003) citam que algumas das múltiplas formas de ambas as espécies chegam a se sobrepor e que o principal caráter de distinção entre elas é o limbo coriáceo fortemente revoluto de V. thyrsoidea.

Bibliografia específica:
Passos & F. França, Vochysiaceae da Chapada Diamantina,Bahia, Brasil, Sitientibus Ser. Ci. Biol. 3 (2003), pp. 35–43
Silva L. C. R. Dinâmica de transição e interações entre fitofisionomias florestais e formações vegetacionais abertas do Bioma Cerrado. 168 p. Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília. Faculdade de tecnologia, departamento de Engenharia Florestal. 2007.
Stehmann, J.R.; Forzza, R.C.; Sobral, M.; Kamino, L.H.Y. Gimnospermas e Angiospermas. Pp. 27-38. In: Stehmann, J.R.; Forza, R.C.; Salino, A., Sobral, M.; Costa, D.P.; Kamino, L.H.Y. (Org.). Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de janeiro, 2009.
Teodoro, G.S., Van den Berg, E.; Fontes, M.A.L. Alometria de Vochysia thyrsoidea em três áreas de cerrado e suas relações com o parasistismo e o fogo. Anais do III Congresso Latino Americano de Ecologia, São Lorenço - MG. 10 a 13 de Setembro de 2009.

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